PARTE II - Capítulo I - Chegada ao paraíso
Naquele
momento entramos no túnel do tempo. Na bagagem “somethig small só o necessário, sem deixar rastro a lua e as
estrelas nos seguirão e quando chegarmos ao oceano pegaremos um barco para o
fim do mundo”. Em uma dos lados da mala um recente best seller : 50 tons de cinza, indicado provavelmente por uma de
suas melhores amigas. Ideal para a situação. No outro lado da bagagem algumas
incertezas. A mistura de excitação e medo é irracional. Você sabe. Mas é uma
delícia. A chegada ao lugar nos trouxe a tona a nossa primeira realização. Cenário
perfeito! Tudo arremetia ao sexo. Paradisíaco!
Era inicio da tarde e partimos então em direção ao hotel encantados pela arquitetura local. Estávamos aflitos em colocar em prática nossa imaginação e sem perdemos tempo fomos direto a praia. Cinco minutos de caminhada. Colocamos nossos trajes de banho, Athina com uma saída de praia transparente e um biquíni a principio bem comportado. Ainda sem ter tocado no assunto até ali. Apenas ao nos depararmos de frente ao mar escutei: Ai que bom, vai ser aqui mesmo! Bem devagar Athina se despe do seu traje. Pedimos nosso primeiro drink ao garçom por sinal muito solicito ao vê-la. O sol estava quente e começamos a bebericar. Entramos em um longo papo. Ao nosso lado aparece então o que seria o catalisador de Athina no paraíso. Um casal se posiciona a algumas cadeiras e a mulher retira a parte de cima do biquíni. (Figura3). Confesso que meu coração disparou pensando na possibilidade da segunda realização. A reação de Athina é natural em ver a cena. Penso logo existo! Esse era meu único pensamento no momento. Athina vira de costas e diz com sua voz dengosa: Amor vem passar o bronzeador! Coração aumenta o compasso. O topless de bruços já era uma brincadeira que realizávamos com frequência em outras praias deixando atônitos homens loucos na busca do último detalhe que nunca viria, busca incessante de todo voyeur. Começo então o “árduo” trabalho de passar a mão oleosa sobre a pele branca e macia de Athina. O segundo ato é o desamarrar do biquíni.
Ao nosso lado o casal catalisador era
pura desenvoltura parecendo desconsiderar a presença de todos por ali. Nas
praias do exterior parece haver um sentimento de naturalismo e neutralidade
quanto ao fato da exposição, mas de fato não estávamos acostumados com aquilo,
o que nos deixava cada vez mais excitados. Aproveito cada centímetro sentindo as
curvas do corpo escultural de Athina. Ali era um divisor de águas.
Virar ou não virar, eis a questão? O casal catalisador resolve ir embora e então
Athina entra em ação. Com sua coragem amparada pela benção das deusas locais decide
resolver a questão. Coração agora na garganta Athina decide que chegou a hora
de expor o que era a sua parte mais sensual e venerável. Seus seios esculpidos!
A atração que sinto por eles é inexplicável. De queixo erguido e seu
livro em riste ela se vira. Qual seria a palavra para descrever o momento:
sonho? Qual seria minha função? Ajudá-la a colocar em prática um de nossos
maiores desejos. Levanto-me e ajusto a maca de forma a deixá-la sentada
mantendo-a ereta expondo a todos sua leveza. Indescritível a sensação! Com
naturalidade Athina se porta como já estivesse ali por várias vezes. Pedi mais
um drink e avalio a situação. O garçom se aproxima. Os seios soltos ao vento de Athina atraíram
seus olhos como imãs. Ele fica no local por mais alguns segundos para registrar
aquele momento. Como uma máquina de fotografar em disparada registra aquela
cena talvez para mais tarde homenageá-la. Perfeitamente justificável!
O tempo vai
passando e as pessoas por ali também. Apesar do respeito aparente, os olhos são
sempre diretos e indiscretos no sentido aos seios de Athina. Como se quisessem acariciá-los.
Tento me manter sob controle, mas não consigo acostumar com aquela situação.
Uma inquietude me toma de assalto. Estou louco de tesão. Alguns casais por
perto. Uma barraca de aluguel de jet-ski e passeios de lancha cheio de homens ávidos
por sexo acompanham o show de Athina. Ficamos ali o resto da tarde. Decidimos
ir embora para o hotel. Compro uma garrafa de whisky e gelos em cubo em um
mercado local. Nós dois loucos de tesão fomos tirar um cochilo para nos
prepararmos para a tão esperada noite. Tínhamos combinado que não faríamos nada
até que voltássemos para casa. Queríamos uma balada. Athina tinha preparado um
arsenal de roupas provocantes. Ela escolhe uma lingerie e vai se deitar. Entre as conversas sobre as possibilidades da noite na cidade, Athina
me fala sobre uma festa da lua cheia e me confidencia que enquanto fui ao
banheiro um dos rapazes da barraca se aproximou e lhe entregou um flyer. Acho que mera desculpa do rapaz,
mas não consegui esconder minha satisfação pelos bons modos dos nossos anfitriões.
Para mim já tinha valido o dia, mas descobri que ainda não tínhamos nem
começado.
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