PARTE IV - Capítulo I - O Paraíso existe !

               Aaah, como sonhávamos com esse momento. Em nosso caminho mãos trêmulas, respiração ofegante. A ansiedade me corta o peito. Uma certa indecisão inicial sobre a investida a praia com timidez foram logo levadas pela primeira impressão. A tranquilidade e onipotência daquele pedaço de terra nos deixaram bem à vontade. Athina talvez um pouco mais. A brisa, o sol e o clima eram o convite perfeito para uma descoberta que iria mudar nossa forma de pensar.  E seria para sempre.

                A areia leve, uma imensa falésia que protege toda a orla e uma formação rochosa de corais adentrando ao mar completavam aquela esplendorosa paisagem. O quadro perfeito, mas ainda faltava algo. Aquela obra de arte divina ainda não estaria completa sem a presença de Athina. Definitivamente nua. Após a simpática recepção de uma vendedora de iguarias locais, atravessamos uma escadaria de madeira a qual ela chamou de Portal do Paraíso, para o encontro sublime com a natureza. 

                Ávida Athina se posiciona para apreciar aquele momento. Dali em diante não haveria mais volta. E assim como uma veterana, ela começa a despir-se de toda sua desnecessária indumentária. Seria o primeiro e último dia que ela usaria suas vestimentas. Lentamente se desfazia de cada peça de roupa. Não tinha como desfaçar. Seu pequeno biquíni aos poucos foi dando espaço às suas curvas exuberantes. 

               Mas o mais esperado ainda estava por vir.  Incrédulo preparo-me para aprecia-la como veio ao mundo. Athina despe-se de seu último traje e me contempla com sua parte mais tenra. Exposta e totalmente depilada Athina agora estava... suculenta. Deveria estar sonhando! Indescritível a sensação de estar pisando na areia daquela praia pela primeira vez, e daquela forma. Bem pelo menos no meu sentimento não compartilhado por Athina, que me confidenciou posteriormente em outras ocasiões se sentia tão nua em seus micro biquínis como ali, em plena praia de nudismo.

                Um breve mergulho ao mar para abaixar toda a adrenalina gerada com o impacto inicial. Estava em transe. O mar quente nos acalmou e assim seguimos em busca de uma barraca para hospedarmos. Deveria ser um ponto estratégico onde Athina ao alcance de todos poderia exibir seus dotes. Para quem não conhece, Tambaba possui pequenos quiosques de madeira espaçados ao longo de toda a praia de forma a dar uma certa privacidade aos casais que por ali se instalam. O requinte da praia e sua distinção são verificados nesses pequenos detalhes de projeto. Com o tempo descobrimos que esta distância seria ideal para alimentar nossas brincadeiras. E dos demais naturistas. Uma pousada do gênero fica localizada mais ao final da praia já repleta de barracas de sol com estrutura de restaurante e garçons. Ali as coisas acontecem com mais intensidade, mas não seria nosso destino.

No seu leve caminhar como uma menina sapeca Athina tenta sem hesito se esconder. Seus seios fartos cheios de hormônios eram como imãs e traziam consigo os olhos curiosos masculinos e até mesmo os femininos. Corpos nus transitam em nosso redor com naturalidade. A praia não estava cheia e isso nos trouxe uma certa segurança. E assim nos alojamos em um quiosque ao meio da praia. Cerveja, alguns snacks e Jack Daniel´s  seriam nossos companheiros nessa aventura e como nos potencializariam.

Depois de algum tempo em silêncio talvez anestesiado com a nova realidade, escuto a primeira frase do dia:

_ Amor, passa bronzeador em mim? E essa seria a senha para o inicio de uma nova grande aventura.