PARTE I - Capítulo I - Primeira Lua-de-Mel

                Talvez fosse o início de aventuras, vamos dizer mais picantes. Estávamos fazendo dois anos de namoro e planejávamos uma viagem excitante. O pequeno tempo de relacionamento já nos permitia em nossas relações as nossas fantasias mais eloquentes, apesar da pouca idade. Athina tinha apenas 19 anos e já se apresentava como uma veterana. Era meiga e delicada como uma menina e incrivelmente sexy como uma profissional. A essa altura já sabíamos que nossa vida sexual seria sempre uma montanha-russa, recheada de emoções. E foi nessa sina que planejamos esse passeio, a qual chamamos de nossa Primeira Lua-de-Mel. O lugar? Praia, sempre. Não há lugar no mundo em que a libido esteja mais latente. Os corpos praticamente desnudos ardem sob o sol e as noites se completam com o bronzeado da pele e roupas provocantes. Muitas vezes na ausência delas. Após buscas pelo melhor destino que coubesse também naquele momento em nosso ínfimo orçamento, de posse de biquínis e trajes selecionados para a ocasião, partimos a um pedaço paradisíaco na Bahia.

                Na verdade o que permeava nossas mentes naquela viagem ainda seria a descoberta de nosso íntimo. Tínhamos muitas vontades, mas como seriam realizadas? Talvez ainda pela imaturidade essas dúvidas nos intrigava, mas nada que um pouco de sol, cerveja e a presença de desconhecidos não nos encorajassem.

                Um longo trajeto pelo mar e a chegada nos causou surpresa. A pequena ilha era a perfeita imagem do paraíso. A ausência de veículos, a terra batida e a hospitalidade local nos deixavam mais a vontade.  Ao acharmos nossa pousada, uma sensação de liberdade nos tomou conta e a materialização de nosso desejo seria almejada em uma breve caminhada até a praia mais próxima. Trocamos nossos trajes e partimos. O biquíni-cortina de Athina seria a forma mais sutil da casta entre moça-mulher e sua forma escultural de mulher ainda em formação, seria o combustível sexual de nossa estadia.

                O caminhar nos levou a uma praia mais deserta e sob aquela pequena barraca, Athina exibiria seus esculpidos dotes. Em pouco tempo se deita de costas e começa seu show. Sob a latência do sol, desamarra a parte de cima de seu biquíni e sorridente joga o lança em minha direção. O garçom aparece como um raio e não sabe se oferece seus serviços ou fica ali estático apreciando aquela bela visão. Os transeuntes ficavam loucos, alguns se aproximavam e pediu um picado na expectativa do inesperado.

Em poucas horas Athina era pura desinibição. Um pulo na água para se refrescar. Ainda tímida, amarra seu biquíni e segue em direção ao mar. É hora de um pequeno ensaio. Aproveito o ensejo e sigo atrás com minha maquina fotográfica, naquele tempo já digital. Seus seios fartos lapidados em mármore destoavam à paisagem e seu olhar maroto de menina-mulher deixavam incrédulos aos que observavam a cena. E já eram muitos. O retorno, geralmente dos solteiros que passavam por ali era inevitável. Juro que tive ciúmes, mas a desinibição de Athina não dava trelas para tal.

Nossa primeira lua-de-mel foi perfeita, trepávamos pelo menos três vezes ao dia. Quanto a Athina! Ah Athina já era uma exibicionista nata. E essa foi nossa grande descoberta.